Nosso compromisso inegociável

Quando falamos sobre impacto social, quem são as pessoas por trás das organizações que transformam vidas diariamente? No Brasil e no mundo, as mulheres são a espinha dorsal do Terceiro Setor, atuando em diferentes frentes: no cuidado com comunidades vulneráveis, na defesa de direitos humanos, na gestão de projetos que fortalecem a cidadania e na construção de políticas públicas mais justas. Ainda assim, seu protagonismo muitas vezes passa despercebido dentro de um sistema que naturaliza a desvalorização da força de trabalho feminino.

Aqui, no Movimento Mulheres 3S, acreditamos que essa realidade precisa mudar. A presença das mulheres nas organizações sociais não é apenas quantitativa, mas qualitativa: gestoras, pesquisadoras, articuladoras, comunicadoras e líderes que carregam o compromisso de transformar o mundo em um lugar mais justo e equitativo. Mas, para que isso aconteça, precisamos de estar nos espaços de decisão e abrir caminhos para as novas gerações.

Muito além do Cuidado

O Terceiro Setor é historicamente um campo onde as mulheres são maioria. Em muitas OSCs (Organizações da Sociedade Civil), elas representam mais de 70% da força de trabalho, segundo a ONU Mulheres.

Mas se somos tantas, por que ainda somos minoria nos conselhos, diretorias e cargos estratégicos dessas instituições?

A resposta passa por um desafio estrutural: a forma como a sociedade encara o trabalho das mulheres, principalmente no que chamamos de "economia do cuidado". Há uma expectativa cultural de que as mulheres assumam responsabilidades no cuidado com crianças, idosos e populações vulneráveis, o que impacta diretamente sua posição no mercado de trabalho – inclusive dentro do Terceiro Setor. Essa sobrecarga invisibiliza sua atuação e limita seu crescimento profissional.

É preciso mudar essa lógica. Nosso compromisso é garantir que mulheres no Terceiro Setor sejam vistas além de executoras de projetos, mas também como lideranças estratégicas, ocupando espaços de poder e construindo políticas de impacto para a sociedade.

Um chamado global para a equidade de gênero

A ONU Mulheres estabeleceu para o Dia Internacional da Mulher 2025 o tema “Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento.”. Esse chamado global nos lembra que nenhuma mulher pode ficar para trás, e que a luta por equidade de gênero precisa acontecer em todas as áreas – incluindo o Terceiro Setor. Mas como transformar essa pauta em ações concretas dentro das organizações? 

Algumas estratégias são fundamentais:

Fomentar a presença feminina em espaços e cargos de liderança do Terceiro Setor, garantindo voz ativa nos conselhos e diretorias.

Criar políticas internas de equidade de gênero, promovendo ambientes de trabalho inclusivos, com condições justas para mulheres.

Valorizar o trabalho das mulheres no setor social, garantindo remuneração justa e oportunidades de crescimento.

Promover redes de apoio e colaboração entre organizações, fortalecendo iniciativas que impulsionem o protagonismo feminino.

Esses são alguns dos compromissos que queremos fortalecer no Movimento Mulheres 3S. Para isso, precisamos somar forças e ampliar esse debate dentro das OSCs. A igualdade de gênero é um compromisso inegociável.

Unindo forças em uma aliança trissetorial

A construção de um Terceiro Setor mais justo e equitativo não acontece sozinha. É por isso que estamos chamando mulheres de diferentes organizações para cocriar uma agenda colaborativa, onde possamos trocar conhecimentos, compartilhar experiências e fortalecer as pautas necessárias para contribuir com o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 - Igualdade de gênero.

E você, como pode contribuir para essa mudança?

Sua OSC já tem ações voltadas para equidade de gênero? Você sente que as mulheres da sua organização têm espaço para crescer e liderar? Quais formações e oportunidades podem ajudar a fortalecer essa pauta dentro do Terceiro Setor?

Queremos ouvir você! Acompanhe nossos conteúdos, participe das discussões e faça parte dessa mobilização. Juntas, podemos transformar não apenas o Terceiro Setor, mas toda a sociedade.

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